sexta-feira, 14 de agosto de 2009

"A variedade é a alma do prazer" - Aphra Behn

Celiane Carmona de Oliveira
Disciplina: Marketing Faculdades Spei – Campus Centro
Curso: Gestão Comercial – 2º Período - Noite
Data: 11.08.2009
Supermarketing
Forma e função


* Por Francisco Alberto Madia de Souza
Num mundo de infinitas tribos a convergência absoluta é impossível. Que o diga o canivete suíço, adorado por todos e usado excepcionalmente por uma minoria ensandecida. É ótimo de se ter, péssimo de se usar. De uns anos para cá se estabeleceu uma enorme polêmica sobre a eventual possibilidade de um único produto agregar todos os serviços de imagem, som e texto para todas as ocasiões e circunstâncias. Nas pontas extremas, o televisor, o rádio e o desktop de um lado, e os falecidos bips, celulares e walktalks de outro. Com o passar dos anos os celulares reduziram de tamanho e agregaram funções, até chegar o iPhone, que, além de ser também um celular, agregou muitas outras funções, muito especialmente imagem, e o tamanho voltou a aumentar. Na outra ponta, televisão e rádio se inseriram no desktop; os laptops foram prevalecendo pela dupla utilização, em casa e no trabalho. Mais recentemente, o caminho foi se definindo pelo prevalecimento da função em relação à forma ou, se preferirem, pelos serviços desejados nos diferentes momentos comportamentais nossos, consumidores modernos e diplomados. Na última feira de Las Vegas, onde se anunciam todas as novidades, a consolidação de um novo formato e a certeza de que continuaremos convivendo com diferentes formatos e, claro, dependendo da utilização. Na feira de Las Vegas, a institucionalização dos netbooks. Lançados em 2007, quando foram vendidas apenas 182 mil unidades, ultrapassaram os 11 milhões de unidades em 2008 e estão muito próximos dos 22 milhões de unidades em 2009. Para quem precisa de um equipamento leve – no máximo 1 quilo – para as funções de escrita, internet e, mais para frente, voz; para outras funções, continuarão existindo desktops e notebooks. A propósito, há uma nova geração de desktops a caminho, formada exclusivamente de telas finas e teclados mais que amigáveis, com mecanismo de acesso a sistemas e programas fora dos computadores. Isso posto, a convergência é uma impossibilidade total. Como já comentamos nesta revista, e parafraseando a saudosa Zélia Gattai, somos “divergentes, graças a Deus”.
* Francisco Alberto Madia de Souza é diretor-presidente do MadiaMundoMarketing, advogado, administrador de empresas e escritor - famadia@mmmkt.com.br

FONTE: Revista Marketing, data 01/07/2009, site: www.revistamarketing.com.br

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